quinta-feira, 7 de abril de 2011

Waste of space

Sabe aquele vazio que bate na alma? Aquela infelicidade que bate e não passa nunca?
Parece que quanto mais eu tento ser feliz e me animar, mais eu me sinto insatisfeita e ranzinza...
É como se todos os meus karmas estivessem rondando a minha cabeça, mas na realidade não aconteceu relativamente nada.
É incrível como apenas um lugar pode trazer à tona vários sentimentos desagradáveis e fazer com que todo o seu dia-a-dia se torne um inferno.
Você pode viver no dito "paraíso", mas a sua vida será sempre um inferno.
Eu vou contar uma coisa que talvez faça tudo isso fazer mais sentido: Eu fiz intercâmbio de novembro do ano passado até algumas semanas atrás.
Mas não foi um simples intercambio. Eu era independente, me virava, me identificava com as pessoas, fiz vários amigos e me diverti muito. O problema é: Acabou. Eu tive que voltar para um país onde as pessoas se importam mais com o dinheiro que com as outras pessoas e especialmente para uma cidade onde as pessoas só se importam com status e em aparecer.
Eu nunca gostei daqui, mas quando eu vi como é lá fora eu fiquei enfurecida! Apenas uma pessoa falando um pouco mais alto já me faz ficar de mau humor agora. É como se meu pávil tivesse sido cortado.
O sentimento que eu mais tenho sentido é o de ser um saco vazio vagando pelo espaço, desperdiçando espaço que poderia ser de alguém mais útil e normal.
Ninguém aqui gosta de mim e eu não gosto de ninguém! (Com algumas poucas excessões... Conto nos dedos)
O problema é que agora o que eu não gostava não só me causa nojinho, mas me irrita profundamente. É como se eu fosse um touro louco com as bolas amarradas louco para dar um coice em alguém para descontar todas as minhas dores.
Não tenho mais psicologo, não tenho amigos presentes que me ajudem e minha família está mais complicada que nunca de conversar. O pior de tudo: Na minha cidade não tem NENHUM especialista em autistas e muito menos aspergers. O único que tinha foi embora. Estou a ponto de ter um ataque de nervos.
Chegou a um ponto que vou para a aula e depois me tranco em meu quarto e pronto. Esse é o meu dia. Tem dias que vou para médico ou vou resolver algumas coisas do dia-a-dia que tem que ser resolvidas, mas minha vida literalmente é um saco agora.
Lá na cidade que eu estava era tudo seguro, eu saía muito, encontrava de tudo possível e imaginável para comprar e me divertia litros... É triste, mas eu sempre soube que não iria ser eterno, mas o pior de tudo é que eu sei que nunca mais vou ter aquilo e isso me causa profunda revolta.
Eu só queria não acordar e acabar logo com isso, mas como sou covarde e vaso ruim não quebra, vejo vocês no próximo post.
PS: Esse intercâmbio foi a razão de eu ter parado de escrever tanto tempo.
PS2: Não vou dizer para onde fui para que as pessoas que me conhecem não me reconheçam porque essa cidade de merda que eu vivo é muito pequena.

7 comentários:

  1. Oi.

    Você diria que ninguém te entende?

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  2. Afirmo. Por mais que alguém tente, não consegue.

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  3. Minha pergunta era retórica, então...

    Se minha pergunta era retórica, logo eu te entendo nisso. :)

    P.S:
    Você não falou nada sobre meu comentário do seu post "Sentimento Aspie", gostaria de uma resposta.

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  4. Estou pensando sobre o assunto, pq prefiro manter minha identidade anônima. E começar uma conversa por email poderia arriscar expor isso. Estou pensando e qnd tiver uma resposta lhe direi.

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  5. Voice...

    É irrelevante o investimento aparentemente demasiado (creio que não seja tão exagerado) na identidade anônima, pois o seu blog inteiro tem como objetivo expor o que você é, o que pensa, o que está acontecendo na sua vida, e claro, você em si, então... O que é uma identidade superficial perante a algo tão profundo? Mas respeito isso e por isso eu apoio a sugestão de conversarmos por e-mail, pois seria em um local diferente deste, este que ostenta a regra do anonimato. E pensando bem, já estou acostumado com sua pseudo-identidade "Voice", seu nome não seria tão importante até porque você mesma disse de onde você é (a não ser que seja uma falsa informação), e eu também sou de Natal/RN. É inegável que há coisas em comum e que seria interessante um contato menos limitado, mas essa decisão não cabe só a mim, então, estou esperando a resposta.

    Beijo.

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  6. Desculpe, mas agora é que se torna complicada a revelação de minha identidade. Já que você é de Natal, sabe como é fácil saber quem a pessoa é e se uma pessoa souber que tenho asperger, logo todo mundo vai saber. Natal é assim. Não é você, não sou eu... São as pessoas (em especial os natalenses). Eles me magoaram mt e n qro mais abrir brecha para me magoarem novamente. Não estou atualizando o blog no momento pois estou em época de provas. Quando estiver mais tranquila (Daqui p a semana santa) eu posto mais novidades. Garanto que estou mais otimista que semana passada. =)

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  7. Ai ai ai...

    Voice, o mundo inteiro é assim, a ética é só uma fachada escondendo a verdadeira face da humanidade. Grande diferença um diagnóstico faria para essas pessoas (inclusive para as burras) depois do que fizeram com você, né? Não tenha pensamentos, pense, por que você ainda tem medo deles se eles já fizeram o que tinham que fazer com você? Tudo que acontece na vida é necessário para todos que tal coisa viveram, use todo esse trauma de forma positiva, pois existe tal forma nisso, eu também sofri e não é por isso que irei me submeter a eles, eles não entendem nada de estratégia, eles me atacarem de inicio foi ótimo pra mim pelo simples fato do aprendizado que tive com tais atos, aprendi com isso as fraquezas deles e exatamente como posso me defender e atacar, e você? Procura fugir com um mero pseudônimo? Estou aqui pra te ajudar (é o que você busca, não é?), e se não quiser seja objetiva no "não". E lembre-se, não tem como fugir do mundo - inclusive dos humanos - porque cedo ou tarde os fortes pegam os fracos (muitas vezes a força é baseada em uma união de indivíduos)... Humanos são humanos seja lá onde estiverem (obviamente).

    ...

    P.S.:
    "Aquilo a que você resiste, persiste." (Carl Jung)



    :)

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